O CFB esteve presente ontem (25/04) na Audiência Pública da Comissão de Educação, que teve como tema fomentar o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e a necessidade de seu efetivo funcionamento. Requerida pela deputada federal Fernanda Melchionna, a audiência destacou a importância da leitura como ferramenta de cidadania e emancipação, assim como a relevância de políticas públicas voltadas para o livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas.
A mesa de debate foi composta por representantes de diversos órgãos, conselhos e entidades relacionadas ao tema. O CFB foi representado por sua vice-presidente, Maria Isabel de Jesus. Em sua fala, ela destacou as razões que tornam a difusão do PNLL tão importante, entre elas a democratização de acesso ao livro, a formação de mediadores de leitura, a valorização institucional da leitura e o desenvolvimento da economia do livro.
Maria Isabel reforçou a ideia de que bibliotecas são portais de acesso ao conhecimento, onde cidadãos têm contato com livros, periódicos e locais de estudo. Por meio do PNLL, esses recursos podem ser ampliados, garantindo assim que todas as pessoas, independente do seu nível social ou econômico, usufruam do enriquecimento proporcionado pela leitura.
A vice-presidente desmistificou a ideia de que bibliotecas são depósitos de livros. “Na verdade, elas são espaços de cultura, aprendizado e convivência, fator reconhecido pelo PNLL que entende o papel crucial das bibliotecas na formação de uma sociedade mais informada, participativa e com pensamento crítico” afirmou. Nesse sentido, Maria Isabel também enalteceu o trabalho das pessoas bibliotecárias, que não são apenas organizadoras de estantes, mas sim educadoras, que inspiram e disseminam o conhecimento, promovem a leitura e fomentam a busca por novos livros.
“As pessoas bibliotecárias são mediadoras entre os leitores e os livros. São orientadoras e incentivadoras da leitura. Daí a importância de se investir na educação contínua para que tais profissionais possam promover o livro, a leitura e a literatura de forma eficaz”, completou a vice-presidente do CFB.
A audiência pública abordou ainda temas relevantes como os hábitos de leitura da população, pesquisas relacionadas ao público leitor e aquisição de livros, estratégias para promover a cultura da leitura e a relação entre a leitura e os diferentes suportes em que ela pode acontecer: o livro físico, o tablet, o celular, o computador e tantos outros. Em consonância com os avanços tecnológicos recentes, foi abordada a necessidade de regulamentação do uso de inteligências artificiais generativas em textos e imagens literárias que compõem o PNLL, bem como a mudança nos hábitos de leitura das novas gerações, que já possuem uma atenção fragmentada devido à mediação da realidade por telas.
Ao final, a deputada Fernanda Melchionna apresentou os encaminhamentos que serão realizados após esta audiência pública e destacou a relevância do Plano Nacional de Livro e Leitura para o futuro educacional e cultural do Brasil.
A audiência pública está disponível integralmente no Canal da Câmara dos Deputados no YouTube
