CFB defende fortalecimento das bibliotecas escolares durante audiência sobre Política Nacional de Leitura e Escrita

Vice-presidente Hamilton Oliveira destaca importância da leitura como direito e reforça implementação do Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares


O vice-presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB),
Hamilton Vieira de Oliveira, participou nesta terça-feira, 1º de julho, da audiência pública promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que discutiu a Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE). A atividade aconteceu no Plenário 10, Anexo II da Câmara Federal, e foi convocada pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS).

Ao lado de representantes do Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Câmara Brasileira do Livro (CBL), Abrelivro, SNEL, AGES e outras entidades ligadas ao livro e à leitura, Hamilton reforçou o compromisso do CFB com a promoção da leitura como um direito fundamental e com a valorização das bibliotecas escolares como espaços essenciais para o desenvolvimento humano, social e educacional.

“Os livros e as bibliotecas tornaram-se mais importantes do que sempre foram. Em tempos de desinformação, exaustão de telas e riscos cognitivos relacionados ao uso excessivo da inteligência artificial, a leitura precisa ser resgatada como prática formativa, crítica e transformadora”, afirmou.

Hamilton destacou a urgência de aplicar recursos públicos não apenas na aquisição de livros, mas também na promoção do hábito de leitura nas escolas, com investimentos em bibliotecas estruturadas e profissionais qualificados. Em sua fala, reiterou que a recém-aprovada Lei nº 14.837/2024, que institui o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares, é um passo fundamental, mas requer regulamentação, financiamento e mobilização federativa para se tornar realidade em todo o país.

O representante do CFB ainda chamou atenção para a necessidade de fortalecer a formação profissional voltada ao uso pedagógico do livro e da biblioteca no processo educativo. “As bibliotecas escolares são, por natureza, espaços de alcance intergeracional, que promovem conhecimento, pertencimento e cidadania. Investir nelas é investir em futuro”, concluiu.

A participação do CFB no debate reafirma o compromisso do Conselho com políticas públicas integradas e duradouras, que garantam o acesso ao livro, à leitura, à escrita e à formação leitora em todas as regiões do Brasil.