Campanha #SouBibliotecaEscola é tema de debate em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo

Entidades da categoria, parlamentares, profissionais e estudantes acompanharam o evento que busca a efetivação da Lei 12.244/2010 que trata da universalização das bibliotecas escolares

Na segunda-feira (12), o presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Fábio Cordeiro e a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região (CRB-8), Ana Cláudia Martins, participaram de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sobre a universalização de bibliotecas nas escolas públicas e privadas brasileiras.

Também compuseram a mesa o diretor administrativo do CRB-8, Marcos Antônio de Araújo; a deputada estadual, Janaína Pascoal; o vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Toninho Vespoli; e o deputado estadual Carlos Giannazi, autor do requerimento para a realização da audiência pública. Participaram com pronunciamentos a vice-presidente da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecas, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB), Adriana Ferrari; a ex-presidenta do CFB e CRB-8, Regina Céli; a conselheira do CFB, Valéria Valls; a vice-presidenta do CRB-8, Regina Faziloli; a diretora do Sindicato dos Bibliotecários do Estado de São Paulo (SinBiesp), Luciene Baptista; o professor de Biblioteconomia da Universidade de São Paulo (USP) e também ex-presidente do CFB e CRB-8, Dr. Fernando Modesto; a presidenta do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB), Maria Elisabeth Pedrosa; entre outros profissionais da categoria.

Diante de um auditório lotado, com a presença de profissionais e estudantes de Biblioteconomia, em seu pronunciamento, Fábio Cordeiro enfatizou que a audiência pública é de grande relevância por permitir avaliar o que já foi conquistado e estabelecer estratégias para efetivação das bibliotecas nas escolas.

Em relação às conquistas, o presidente lembrou da Lei Federal nº. 12.244/2010 que determina que todas as instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País devem contar com bibliotecas. “O legislador, ciente dos desafios orçamentários enfrentados pelos prefeitos e governadores, estabeleceu o prazo de uma década para que ela fosse cumprida. O limite venceu em maio de 2020, e, infelizmente, os dados do próprio Governo Federal comprovam que pouco avançamos na democratização deste equipamento pedagógico tão importante”, descreveu.

Ana Cláudia disse que a audiência pública foi de grande importância para os profissionais da Biblioteconomia. “Mobilizar a categoria e contar com a presença de professores e professoras; alunos e alunas de graduação e do curso técnico de Biblioteconomia; entidades da área; ex-presidentes do CRB-8 e do CFB; representantes de diversas áreas relacionadas à leitura e ao livro; vereadores e deputados, numa noite fria e chuvosa mostrou que a nossa categoria está organizada e articulada para lutar pelo direito de ter bibliotecas dentro das escolas”, pontuou.

Já a vice-presidente da FEBAB, Adriana Ferrari, colocou que foi um encontro bastante importante de resistência e de luta. “O ponto alto foi dizer que sala de leitura não é biblioteca. A gente percebe ainda que esse conceito tem sido praticado para se dizer que é um passo para se transformar em biblioteca e não é. A sociedade tem direito de ter bibliotecas e as entidades aqui juntas vão avançar nessa luta”, discorreu.

A Carta Aberta “As Bibliotecas e o Brasil do Futuro” foi lida pelas estudantes de Biblioteconomia, Lilian Maciel, do Centro Universitário de Adamantina (UNIFAI) e Jaqueline de Almeida, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). A carta encontra-se disponível para leitura e assinaturas, neste link.

A audiência pública pode ser assistida na íntegra no canal do YouTube da Alesp. Clique aqui

Clique aqui e leia na íntegra o pronunciamento do presidente do CFB.

📷 Divulgação CFB