Com o acontecimento da pandemia do Covid19, muitas áreas precisaram se reinventar. Nesse contexto, faz-se necessário pensar em como a biblioteconomia sofreu os impactos dessa crise e de que forma as várias facetas e competências dos profissionais da área podem contribuir para se adaptar aos novos cenários.
Para o vice-presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo, João de Pontes Junior, desde sempre, a biblioteconomia passou por fases em que se temia que algo inovador fosse extinguir a área. “Primeiro foi o computador, depois o CD-ROM, com suas bases de dados. Então veio a internet, com seus portais de busca e, depois, os E-books. Agora existem as famigeradas bibliotecas digitais. Mas o que o bibliotecário precisa sempre se lembrar é que para a informação estar em qualquer lugar, ela precisa estar bem estruturada e ser feita por um profissional de biblioteconomia, que vai organizar, classificar, catalogar e indexar a informação”, diz.
De acordo com o Gerente Bibliotecário do Portal de Periódicos Eletrônicos Científicos da UNICAMP, Gildenir Carolino dos Santos, os bibliotecários possuem habilidades únicas para organizar informações com a finalidade de encontrar fontes de informações. “Isso pode ajudar os editores e pesquisadores a compreender melhor as ferramentas que podem ser úteis para o contexto das solicitações de indexações em grandes agências nacionais e internacionais, no contexto necessário para garantir com exatidão e veracidade as informações para a indexação dos dados”, afirma.
Gildernir faz palestras sobre o assunto e destrincha todas as facetas e opções profissionais dentro da biblioteconomia, citando dez possibilidades. São elas: bibliotecário de unidade de informação, bibliotecário de base de dados, bibliotecário de bibliotecas digitais, bibliotecário de normas técnicas, editor, bibliotecário de indexação, bibliotecário de curadoria e preservação digital, bibliotecário de metadados, gestor de portais periódicos e bibliotecário de editoração científica.
Para ele, o profissional bibliotecário tem que investir em si mesmo ao longo do seu aprendizado e fazer vários papéis ao mesmo tempo, especialmente agora que estamos na era digital e na sociedade da informação e do conhecimento e, nesse exato momento, isso é ainda mais necessário com o marco da pandemia. “É preciso apostar no seu potencial para se tornar um editor bem sucedido, capaz de administrar, criar e inovar em publicações científicas eletrônicas para uma sociedade interessada na informação”, conclui.
Quem quiser saber mais sobre o tema, poderá acessar o canal do Youtube do CRB-8 SP e conferir a live realizada no dia 20 de outubro, ou clicar neste link: https://www.youtube.com/watch?v=G_F1Eejfy3o
Sobre o Conselho Federal de Biblioteconomia.
O Sistema CFB/CRB é composto pelo Conselho Federal de Biblioteconomia e pelos Conselhos Regionais de Biblioteconomia. O objetivo do Sistema CFB/CRB é atuar em prol da sociedade brasileira por meio da sua principal missão: fiscalizar o exercício profissional do bibliotecário, cuja operacionalização é feita pelos Conselhos Regionais. Para o Sistema CFB/CRB um país aparelhado com bibliotecas contribuirá na formação de cidadãos esclarecidos, críticos e participativos, condição sine qua non para o progresso de uma nação.