200 anos da Biblioteca Nacional

Exposição comemorativa apresenta duzentas obras raras, nacionais e internacionais

Ao comemorar 200 anos, a Biblioteca Nacional do Brasil abre ao público uma fantástica exposição, com duzentas obras de seu precioso acervo e entrada gratuita, até o dia 25 de fevereiro.

A exposição Biblioteca Nacional 200 Anos – Uma defesa do Infinito exibe originais de livros, gravuras, manuscritos, periódicos, partituras e até brinquedos antigos, que integram o acervo da instituição – uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo. Atualmente, existem mais de 9 milhões de obras sob sua guarda.

A exposição narra a trajetória da Biblioteca, desde sua viagem com a Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, até os dias de hoje. Exibe a história de suas coleções e dos edifícios que, ao longo do tempo, abrigaram os acervos. Conta, ainda, a história do prédio atual, que há cem anos guarda relíquias do passado e registram a memória do país.

A arquitetura e a história do belíssimo edifício de estilo eclético são celebradas no terceiro andar do prédio, onde as imagens da construção e das reformas simulam a ambiência das primeiras décadas do século XX.

Mas é com um passeio sobre o acervo que o visitante encontra a verdadeira dimensão infinita do conhecimento existente em uma biblioteca. São olhares múltiplos, que incluem a variedade de formatos e de origens geográficas, o impresso e o manuscrito, a sacralidade do texto e a concretude da censura, as memórias e sua construção, o saber enciclopédico e a dimensão dos sonhos.

Em destaque, a Bíblia de Mogúncia (1462), impressa por ex-sócios de Gutenberg, criador da imprensa; um Livro de Horas (livro de orações) da Idade Média, com pinturas a ouro; a primeira edição de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões; “A menina do narizinho arrebitado”, de 1920, de Monteiro Lobato; peças que integram a Coleção D. Thereza Christina Maria, doada à instituição por D. Pedro II; edições de periódicos como a revista Tico Tico e o jornal O Pasquim; manuscritos de Clarice Lispector, Raul Pompéia, Castro Alves, Graciliano Ramos e Carlos Drummond de Andrade; a ópera “O Guarani” (1871), de Carlos Gomes; mapas, entre tantas outras peças do acervo, algumas delas exibidas ao público pela primeira vez na história.

Por fim, o visitante é brindado com duas dimensões artísticas frequentemente dissociadas do espaço das bibliotecas, mas que também têm seu lugar na Biblioteca Nacional: a música e as artes plásticas. Nesta parte final, há peças como a partitura manuscrita original da obra “Pelo Telephone”, de Donga, e objetos dos maestros Francisco Mignone e César Guerra Peixe.

O público poderá, ainda, admirar uma galeria de arte com obras de grandes nomes, como Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Albrecht Dürer, Giovanni Battista Piranesi e Rembrandt.
Serviço

Exposição Biblioteca Nacional 200 Anos – Uma Defesa do Infinito
Local: Espaço Cultural Eliseu Visconti
Rua México, sem número (Entrada pelo jardim. Fundos da BN)
Centro, Rio de Janeiro – RJ
Segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
Entrada Franca

Exposição: 100 anos do prédio da Biblioteca Nacional
Local: Terceiro andar do prédio sede
Avenida Rio Branco, 219, Centro, Rio de Janeiro – RJ
Segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.
Entrada Franca

Jean Souza, Assessoria de Comunicação FBN/MinC)

Marina Ofugi e Ygor Bernardes, Ascom/MinC)

Fonte: MinC.